Ingressantes em um curso de ciências biológicas a distância e a aprendizagem autorregulada
Palabras clave:
Educação a Distância, Perfil do aluno, características individuais, ensino-aprendizagem.Resumen
O estudo objetiva identificar o perfil do alunado de um curso de Ciências Biológicas de uma universidade estadual do Ceará que atua nos polos presenciais de Russas, Quixeramobim e Beberibe sob a perspectiva da aprendizagem autorregulada. Participaram do estudo 99 alunos recém-ingressos, os quais preencheram questionário com perguntas referentes ao perfil sociodemográfico, formação anterior, experiência em EaD, motivação e disponibilidade para o curso, além de habilidades necessárias para o aluno desta modalidade de ensino. Encontrou-se um perfil de alunos jovens, solteiros e sem filhos, na maioria sem experiência prévia com EaD e que buscou o curso tendo por justificativa falta de tempo para frequentar o ensino presencial. A grande maioria refere possuir habilidades como autonomia, organização do tempo, familiaridade com recursos tecnológicos e facilidade de interação. Visualiza-se um perfil diferenciado no público que buscou o curso, porém, ainda imbuído de mitos referentes à EaD como a necessidade de utilizar menos tempo de dedicação ao curso quando comparado ao ensino presencial. Destacou-se a considerável dependência do tutor e dos encontros presenciais percebidas pelos alunos, o que deve ser foco de atenção da equipe gestora do curso, visto poder comprometer a qualidade de formação deste aluno, interferindo na sua autonomia de estudos.
Citas
ABED. Associação Brasileira de Educação a Distância. Censo EaD.BR: relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil 2014 = Censo EaD.br: analytic report of distance learning in Brazil/[traduzido por Maria Thereza Moss de Abreu]. – Curitiba: Ibpex, 2015.
ALLIPRANDINI, P.M.Z. et al. Estratégias de aprendizagem utilizadas por estudantes na educação a distância: implicações educacionais. Psic. da Ed., São Paulo, v. 38, p. 5-16, 2014.
BERGAMIN, P.B. et al. The relationship between flexible and self‐regulated learning in open and distance universities. The International Review of Research in Open and Distance Learning, v. 13, n. 2, p. 101‐23, 2012.
BRASIL. Relatório Educação para todos no Brasil 2000-2015. Ministério da Educação. Brasília. 2014. Disponível em http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002326/232699POR.pdf. Acesso em 28/05/2-15.
CAVANAUGH, T.; LAMKIN, M.L.; HU, H. Using a generalized checklist to improve student assignment submission times in an online course. Journal of Asynchronous Learning Networks, v.16, n.4, p.39‐44, jun. 2012.
DIAS, R. A.; LEITE, L. S. Educação à distância: da legislação ao pedagógico. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
FANTINEL, P.C. et al. Autorregulação da aprendizagem: uma competência fundamental na formação do licenciado em matemática a distância. UNIREDE. ESUD 2013 – X Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância. Anais.... Belém/PA, 11 a 13 de junho de 2013. Disponível em: http://www.aedi.ufpa.br/esud/trabalhos/oral/AT5/114423.pdf. Acesso
FERREIRA, A.S.; FIGUEIREDO, M.A. Perfil do aluno da educação à distância no curso de didática do ensino superior. Ribeirão Preto, 06 de Março de 2011. Disponível em: http://www.abed.org.br/congresso2011/cd/7.pdf. Acesso em: 12 mai. 2015.
FERREIRA, Z. N., MENDONÇA, G. A. A. O perfil do aluno de educação a distancia no ambiente TELEDUC. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA, 13., 2007, Curitiba. Anais... Curitiba: ABED, p. 1-10, 2007.
GATTI, B.; BARRETO, E. S. S.; ANDRÉ, M. E. D. A. Políticas docentes no Brasil: o estado da arte. Brasília, UNESCO, 2011.
INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Ministério da Educação. Censo da Educação Superior 2010: divulgação dos principais resultados do Censo da Educação Superior 2010. Brasília: INEP, 2011. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/censoda‐educacao‐superior/censo‐da‐educacao‐superior. Acesso em: 18 mai. 2015.
MAIA; C., MATTAR, J. ABC da EaD. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
MOORE, M. G; KEARSKEY, G. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
NUNES, I.B. A história da EAD no mundo. In: LITTO, F.M.; FORMIGA, M.M.M. Educação à distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, p. 2-8, 2009.
OLIVEIRA, L.A.B. et al. Perfil dos alunos ingressantes no curso de Administração a distância da UFRN. VIII Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia – SEGeT, 19 a 21 de outubro de 2011, Resende (RJ). Anais... Disponível em: http://www.aedb.br/seget/artigos11/29314420.pdf. Acesso em: 12 mai. 2015.
PALLOFF, R. M.; PRATT, K. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line. Porto Alegre: Artmed, 2004.
PASSOS, M.L.S.; SONDERMANN, D.V.C.; BALDO, Y.P. Perfil dos alunos dos cursos de pós-graduação na modalidade a distância do Instituto Federal do Espírito Santo. ESUD 2013 – X Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Belém/PA, 11 – 13 de junho de 2013 – UNIREDE.
PAVESI, M.A.M.; ALLIPRANDINI, P.M.Z. Indicativos do perfil do aluno da educação a Distância (EAD) e nível de aprendizagem autorregulada: uma análise descritiva. X ANPED SUL, Florianópolis, p. 1-19, 2014. Acesso em: 08 mai. 2015.
PEREIRA, R.F. et al. O perfil socioeconômico dos alunos de um curso de ciências biológicas a distância: quem são os novos alunos? ESUD 2013 – X Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância Belém/PA, 11 – 13 de junho de 2013 – UNIREDE.
PETERS, O. A educação a distância em transição: tendências e desafios. Trad. Leila Ferreira de Souza Mendes. São Leopoldo, RS: Unisinos, 2009.
SAMPIERI, R.H.; COLLADO, C.F.; LUCIO, M.P.B. Metodologia de Pesquisa. 5. ed. Porto Alegre: Penso, 2013.
SANCHEZ, L.H.A.; SANCHEZ, O.P.; ALBERTIN, A.L. Gestão de recursos do EAD: como adequar as tecnologias aos perfis de assimilação. ERA, v. 55, n. 5, p. 511-526, 2015.
SIMPSON, O. O futuro da educação à distância. Que fatores afetarão como a educação a distância irá se desenvolverá no futuro? Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância (RBAAD), v. 12, p. 455-468, 2013.
SCHNITMAN, I.M. O perfil do aluno virtual e as teorias de estilos de Aprendizagem. III Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação. Redes Sociais e Aprendizagem. NEHTE/UFPE. Anais..., 2 e 3 de dezembro de 2010. Recife (PE). Disponível em: http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais‐Hipertexto‐2010/Ivana‐Maria‐Schnitman.pdf. Acesso em: 17 mai. 2015.
TESTA, M. G.; LUCIANO, E. M. A influência da autorregulação dos recursos de aprendizagem na efetividade dos cursos desenvolvidos em ambientes virtuais de aprendizagem na internet. REAd. Revista Eletrônica de Administração, v. 16, p. 176-208, 2010.