Relações de língua e subjetividade na determinação da pessoa com deficiência

Autores

  • Vejane Gaelzer Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha
  • Raquel Ribeiro Moreira Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
  • Diovana Gelati de Batista Graduanda do Curso de Ciências Biológicas Instituto Federal Farroupilha.

Palavras-chave:

designação, práticas sócio-históricas, pessoa com deficiência.

Resumo

As pessoas com deficiência nem sempre foram aceitas na sociedade e, por muitos séculos, a convivência desses sujeitos nas práticas sociais lhes foi negada. Aos poucos, a aceitação das pessoas com deficiência foi avançando e, ao mesmo tempo, as suas formas de tratamento. Todavia, esse avanço das conquistas da inclusão não anulou completamente qualquer forma de estigmaticação e\ou preconceito. Neste viés, o presente estudo busca analisar diferentes designações oficiais da pessoa com deficiência, pautado no diálogo entre língua, sujeito e suas práticas sociais. Para analisar essas relações, foram tomados, por base, os pressupostos teóricos de Mikhail Bakhtin (2004), Michel Pêcheux (1997) e Michel Foucault (2009), além de entrevistas com pessoas com deficiência em processo de inclusão, ligados à Associação de Deficientes de Santa Rosa (ADEFISA), como materialidade analítica.  Desta forma, ao tratarmos do sujeito com deficiência, deparamo-nos com uma pessoa marcada por diferentes modos de designação que ainda não lhe permitem a plena inclusão, pois atestam situações de preconceito explícito e implícito nas diferentes práticas sociais a eles destinadas. Por isso, pode-se concluir que o processo inclusivo ainda precisa ser consolidado e aprimorado, começando, talvez, por escutar e entender o modo como as pessoas com deficiência querem ser designadas.

Biografia do Autor

Vejane Gaelzer, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha

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Doutora pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul -UFRGS. Mestre em Educação nas Ciências pela Unijuí. É especialista em Deutsch als Fremd-/ Zweitsprache pela Universidade Otto-von-Guericke-Universität Magdeburg, na Alemanha e especialista em Informática Aplicada à Educação, pela Universidade de Passo Fundo, graduada em Licenciatura em Letras Português/Alemão pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Atualmente, é professora do Instituto Federal Farroupilha - Campus Santa Rosa. Tem experiência na área de Filosofia da Linguagem e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Currículo, escola, leitura na escola, leitura diversificada, inclusão social, efeitos de sentidos pelo não-dito, linguagem, identidade e Educação. Coordenadora do Projeto de Pesquisa “Inclusão Social: relações entre Sujeito, Língua e História e coordenadora do grupo de pesquisa Questões de Linguagem e de Inclusão.

Raquel Ribeiro Moreira, Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

 

Doutora pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul –UFRGS (2011). Mestre em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004). Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (1999) Professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Participante do projeto de pesquisa “Inclusão Social: relações entre Sujeito, Língua e História”, e membro do grupo de pesquisa “Organizações, Ensino e Humanidades” e do grupo de Pesquisa Questões de Linguagem e de Inclusão. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Letras, atuando principalmente nos seguintes temas: análise de discurso, educação formal e profissionalizante, adolescentes em situação de risco social, livro didático e produção textual.

Diovana Gelati de Batista, Graduanda do Curso de Ciências Biológicas Instituto Federal Farroupilha.

Graduanda do Curso de Ciências Biológicas Instituto Federal Farroupilha e bolsista de Iniciação Científica FAPERGS.

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Publicado

19-05-2017

Como Citar

Gaelzer, V., Moreira, R. R., & Batista, D. G. de. (2017). Relações de língua e subjetividade na determinação da pessoa com deficiência. InFor, 2(1), 249–265. Recuperado de https://infor.ead.unesp.br/index.php/cdep3/article/view/InFor2120162

Edição

Seção

Artigos